Hoje pela manhã fui ao Ibirapuera, em São Paulo, conferir a edição verão 2008/09 do São Paulo Fashion Week, que integra as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil.
A primeira parada, às 9 da matina, foi no MAM, para conferir o último dos três seminários entitulados “Fluxo e Conexões: reinventando moda”, que fazem parte da programação oficial do SPFW.
No debate, mediado pela jornalista de moda Érika Palomino, os convidados falaram sobre o futuro da moda e do design, e suas relações com a tecnologia e os sentimentos humanos.
Entre os convidados estavam os estilistas japoneses Hokuto Katsui e Nao Yagi, o designer japonês, sócio da empresa carioca de design O Estúdio, Nobuyuki Ogata, as estilistas brasileiras Erika Ikezilli e Gabriela Sakate, o designer Rogério Hideki e o estilista e diretor de criação Jum Nakao.
Jum, Nao, Hokuto e Nobuyuki no debate
Jum defendeu a idéia, que foi na verdade consenso geral, de que o Brasil ainda não consegue germinar coleções originais, e que se preocupa muito em seguir tendências ao invés de criá-las. “Vivemos um momento de subproduto da moda. Trazemos tudo de fora e apenas adaptamos. Em todo o caso, acho que estamos mais atentos para isso e caminhamos para uma grande virada”, disse ele no debate.
Jun falando sobre o futuro da moda
Terminado o seminário fui passear pelos enormes e espaçosos 3 andares da Bienal, onde ficam os lounges dos patrocinadores e acontecem os desfiles e exposições.
Fiquei positivamente impressionada com o que vi: transformaram o edifício em um pedacinho do Japão. Pelo menos o pedaço fashion do oriente estava lá, e muito bem representado, diga-se de passagem.
Lounge japonês da Melissa
Uma torre no centro da Bienal, que vai do chão até quase o teto, cheia de luminosos escritos em japonês, fazia alusão as luzes e neons de Tóquio. Pelas alamedas não faltavam belíssimos ensaios fotográficos, filmes e figurinos japoneses.
Os lounges constituíam verdadeiros universos paralelos, cheios de penduricalhos e referências orientais. No do Senac tinha até oficina de origami, pode?
Croqui do lounge da Havaianas
Confesso que não sou assim a maior fã do evento, mas por conta da profissão repórter já visitei inúmeras edições Fashion Weekeanas. Dessa vez não vi os desfiles e tampouco observei a movimentação com olhares fashionistas. Fui para lá procurar um pouco do Japão que existe em cada brasileiro. E, vendo por esse ângulo, achei tudo bastante interessante e esteticamente surpreendente.
Aproveitei então para fazer algumas fotinhos do que tinha de mais bacana por lá. Para conferir a galeria clique aqui.