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28 Set, 2007

Caipirinha de saquê

Chiaki Karen Tada

Algum de vocês já experimentou saquerinha, a caipirinha que usa a bebida japonesa? Eu gosto, embora ainda prefira a receita típica com cachaça, limão, açúcar e gelo. Pois eu soube numa palestra sobre saquê que, em 2003, 35% das "caipirinhas" servidas na cidade de São Paulo eram saquerinhas, e que estima-se que hoje já são 45%. Ah, e a maioria dos consumidores são mulheres. Por quê? O palestrante, Celso Norio Ishiy, "aspirante a especialista em saquê", acha que é porque a bebida tem sabor mais suave e a graduação alcoólica é mais fraca. "A caipirinha fica parecendo um suquinho", diz.

O Celso trabalha numa empresa que importa saquê e começou a estudar a bebida há uns três anos porque sentiu que pouca gente - vendedores e consumidores  -conhecia bem a bebida. Mas acha que esse cenário hoje está mudando.  O saquê é que nem vinho - cada tipo tem diferenças no sabor e na acidez, por exemplo. A água, o tipo de arroz e técnicas de produção são os principais fatores que influem no sabor. Existem mais de mil marcas registradas de saquê no Japão.

Durante a palestra, que aconteceu na Fundação Japão, também teve o lançamento de um livro sobre a bebida, "Saquê: Para Iniciantes & Iniciados", escrito por dois especialistas americanos (os EUA são o maior consumidor e fabricante de saquê depois do Japão).

Ahh, os japoneses normalmente falam "kampai!" na hora de brindar e beber. O Celso disse que também pode se falar "banzai!", e, mais curioso, falou que entre os jovens japoneses aficionados pela bebida também se fala "sugoi!" (que é como dizer "incrível"). Engraçado, né?

Mas quem estava lá na palestra não hesitou e pronunciou todas essas palavras quando receberam copinhos com saquê no final do evento, para fazer um brinde. Depois teve degustação de saquerinha. A da foto (que está feia, desculpem!) é de melancia. Nem preciso dizer que o lugar estava lotado, não é?

Postado por Chiaki Karen Tada | 8 comentários

Comentários

  1. Silvana @ 28 Set, 2007 : 11:48
    Aê, Karen, encheu a cara, hein???

  2. Karina Almeida @ 28 Set, 2007 : 14:53
    saquerinha? que engracado! em bh a gente fala caipisaque :P bom, independente do nome, eh uma delicia ne? eu ja experimentei de kiwi e outra com abacaxi e morango. adorei!

  3. japa sem vicios @ 28 Set, 2007 : 17:55
    tem muitos japas no brasil que são alcoolatras né?

  4. Ren @ 29 Set, 2007 : 11:43
    Todo mundo fala de caipirinha, agora saquerinha eu nunca ouvi falar xD Deve ser gostoso, porque a caipirinha muitas vezes é forte, algo mais suave deve ser melhor.

  5. Ewerthon @ 30 Set, 2007 : 23:12
    Muita concidencia! Estou lendo um livro sobre saque do John Gauntner, um dos autores desse livro que vc citou. Ele eh um dos maiores especialistas estrangeiros aqui no Japao e tem uma coluna sobre o assunto no The Japan Times. Adorei saber que o saque esta assim tao popular no Brasil.

  6. Sadao @ 3 Out, 2007 : 03:59
    Karen, primeiramente, parabens pelo blog! o "kampai" é classico e pode ser usado pra brindar a ocasiao tanto em encontros mais casuais como em festas e casamentos. pode ser traduzido como o nosso tim-tim ou saude. Brindar com "banzai" ja e' mais usado qdo as animos ja' estao bem altos ou qdo e' celebrado algo maior, geralmente quando se quer algo mais animado e equivale ao "viva!". Dificilmente voce vera' grupinhos em bar gritando "banzai" pra brindar um encontro. Ja' o "sugoi" eu nunca ouvi... talvez esteja na hora de estudar um pouquinho mais e aproveitar pra beber mais sake...

  7. Karen @ 7 Out, 2007 : 22:57
    Oi Ewerthon, eu não sabia que o autor do livro escreve no Japan Times! O Celso, que deu a palestra, disse que ajudou a trazer o título para cá. Vamos ver se daqui pra frente vão aparecer mais especialistas em saquê. A gente só tem a ganhar!

  8. Karen @ 7 Out, 2007 : 22:57
    Oi Sadao, eu também nunca ouvi falar em usar "sugoi". Mas o palestrante disse que é isso mesmo, que são pouquíssimas pessoas que usam. Então, acho que por enquanto é bom continuar com o velho e bom "kampai" e também com o "banzai"!

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Perfil

Chiaki Karen Tada, jornalista, tem um pezinho no Japão, mas cresceu na Grande SP. Gosta de imaginar como teria sido o dia em que os pais decidiram se mudar para cá. Ela escreve neste blog, mas não pensa sozinha, não. As novidades e idéias são de toda a equipe.
 


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