Conte sua história › Raphael Luiz Sakugawa › Minha história
Eu nunca tive muita curiosidade em saber como meus avós vieram para o Brasil. Sou meio “perdido" nisso. Na minha infância, eu estudei no Visconde de Cairu (escola fundada por japoneses e que até hoje tem a maioria de alunos formada por descendentes), tá ligado?! Lá só tinham japoneses praticamente. Fui aprender japonês no Okinawa-Gakuen. Também comecei a aprender a tocar sami-sem. Em casa tem sami-sen que ganhamos de parentes.
Com oito, nove anos, eu estava no nihon gakoo só "zoando". Às vezes eu ia na festa junina do Okinawa, já que o povo da minha escola ia lá. O nihongô eu tinha começado a pedido dos meus pais e depois parei. Voltei faz uns quatro anos.
Comecei a me interessar mais pela cultura japonesa aos 10 anos. Aos 11, comecei a aprender a tocar sami-sem com o sensei Gushiken. Aí não parei mais e hoje estou no taikô. Aos 12, gostava de ver anime na tevê.
Hoje não sei do que eu mais gosto. Esses tempos eu estava ouvindo muito J-rock. Também estava lendo muitos mangas que baixo da internet. No caso do J-rock, eu procuro a tradução das letras. Mas não consigo acompanhar o jeito que eles cantam. É estranho! Tem uma ou outra banda que dá para acompanhar, saca?! Só que tem muitas que não dá. Sei lá, a voz é muito estranha, o sotaque é muito diferente.
Flow é a banda que eu mais curto agora. Eu gosto das músicas do Miyavi. E o meu anime preferido é o One Piece. Foi o que eu mais li até hoje.
Depoimento ao jornalista Luciano Shakihama
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil