Conte sua história › Moises Palacios Rodrigues › Minha história
No Brasil eu era repórter fotográfico e colunista jovem. Fazia um trabalho sobre as baladas jovens e coisas do tipo. O que me motivou a vir para o nihon foi minha esposa. Na época, o pai (Cláudio Massaitsi Yassumoto), a irmã e o irmão dela estavam por aqui (no Japão), só que o meu sogro estava morando sozinho. Ela sentia muito a falta deles. Esse foi o maior motivo de vir para cá. Estou há 1 ano e 6 meses no Japão e pretendo ficar mais um ano. Estou trabalhando em uma fábrica que faz polimento e tira resíduos de magnésio que ficam na câmera fotográfica. Hoje sou sublíder de linha e estou apenas há 8 meses nesse kaisha (empresa). O brasileiro é sugoi (impressionante) né?! Adapta-se a qualquer lugar e rápido. Acho que levei uns 4 meses para ficar legal mesmo.
Os japoneses daqui zelam muito pela educação, respeito, e isso é a coisa que mais admiro. Tudo que eles vão falar com você, antes pedem “sumimasen”, que quer dizer “com licença, por favor”. Quando você vai atravessar a rua, muitas vezes nem precisa levantar a mão. Eles param o carro para você atravessar.
Eu tô curtindo o nihon mais do que está a minha própria mulher, que é sansei. Ela fala que eu já aprendi mais o nihongo do que ela (risos). É que eu sou meio cara-de-pau e curioso, então vou perguntando as coisas.
Depoimento ao jornalista Luciano Shakihama
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil