Conte sua história › Erika Ikezili › Minha história
A primeira vez que fui para o Japão foi em 2002. Queria pesquisar sobre Madame Butterfly. Cheguei lá e ninguém sabia de nada... Mas encontrei a colegial Butterfly, aquelas menininhas andando na rua. Elas também se apaixonam pelos ocidentais, mas são uma figura nova. São as novas gueixas.
Lá, percebi a vontade que o oriental tem de se ocidentalizar. Voltei com a proposta de orientalizar o ocidental. Hoje minha roupa tem conceito nipo-brasileiro (assista ao vídeo). Do japonismo, trago a construção, a disciplina, os trabalhos muito pensadinhos, mas com o colorido do Brasil, a alma brasileira. (Assista ao vídeo em que Erika fala sobre a sua vida profissional. Veja também o vídeo que mostra algumas peças criadas pela estilista.)
Gosto de andar nas ruas no Japão. A atitude deles me interessa. O jeito de pensar, a disciplina, o planejamento bem para a frente. Para a gente, é tudo hoje. Agora vendo minhas peças para eles. Entendi que, se você alcança qualidade de Japão, alcança qualidade do mundo inteiro. Por isso meu foco foi lá nos últimos dois anos.
Não moraria no Japão porque realmente gosto do Brasil. É aquela experiência da macaca de pêlo e da macaca de ferro. A macaca de pêlo não tem leite. E a macaca de ferro tem leite. Mas o filhotinho escolhe a de pêlo, mesmo sem leite. O lado humano é muito importante. A gente só precisa ser mais disciplinado.
Depoimento à jornalista Mariane Morisawa
Fotos: Carlos Villalba e arquivo pessoal de Erika Ikezili
Vídeos e áudios: Estilingue Filmes
As opiniões emitidas nesta página são de responsabilidade do participante e não refletem necessariamente a opinião da Editora Abril
Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil