Conte sua história › Erika Ikezili › Minha história
Desde que me conheço por gente, moramos no mesmo condomínio, no bairro do Limão, em São Paulo. Saí de lá logo que me casei e fui morar na zona sul. Depois me mudei para a cidade de Sumaré. Quando voltei para São Paulo, fui para o bairro do Limão de novo. E de lá não saí mais.
Na minha infância, sempre gostei de esportes, de queimada, de jogar bola. Nunca brinquei muito de boneca. Era meio moleque. Com os meninos era mais dinâmico. E com as meninas era mais aquela coisa do nenezinho, que para mim não era muito interessante (assista ao vídeo em que Erika fala sobre as brincadeiras de infância).
Não cresci no meio de descendentes de japoneses, mas no meio de italianos, de portugueses, de negros. Essa foi a minha convivência. Falo meio alto, gesticulo muito. Acho que tem a ver com o convívio com outras colônias. Lembro que, quando a gente encontrava nisseis, eles diziam para a minha mãe que eu e meu irmão falávamos muito alto. Minha mãe não sabia onde enfiar a cara! Cresci achando que não era japonesa. Nunca me senti japonesa. Sempre me senti brasileira. Só fui descobrir o que era o Japão depois que me casei. (Erika fala em vídeo que nunca se sentiu japonesa.)
Depoimento à jornalista Mariane Morisawa
Fotos: Carlos Villalba e arquivo pessoal de Erika Ikezili
Vídeos e áudios: Estilingue Filmes
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil