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Fabio Shin! – Mangá Studio Japan Sunset.
Seu nome é Fabio Pontes Ramon Felin, nascido em 22 de setembro de 1980, em São Paulo.
Nome artístico: Fabio Shin!
Professor e Mangaka - desenhista de mangá (desenho japonês). Criador do Mangá Studio Japan Sunset, já realizou e organizou diversos eventos em várias partes do país. Trabalhou em diversos estúdios de criação e animação, prestou serviços para empresas com eventos de promoção para a Brasil Telecon –MS, Banco Sudameris-SP, Banco Central-SP, Consulado Geral do Japão, Bienal do Livro -SP entre várias outras empresas e entidades. Seu trabalho é, atualmente, referência para editoras e profissionais do gênero desta arte japonesa.
“Eu sempre desenhava e meu primeiro contato com os desenhos japoneses foi através da TV e do vídeo game. Entretanto, descobri a existência do mangá japonês por acaso: certa vez, estava indo devolver um cartucho de vídeo game na locadora perto de minha casa, mas faltavam poucos minutos para que ela fechasse e resolvi ir correndo. Quando virei a esquina, esbarrei com um senhor japonês que segurava uma caixa cheia de mangás e um deles abriu exatamente na história do jogo que eu estava indo entregar na locadora. Para mim foi uma grande descoberta saber que havia uma revista em quadrinhos daquele personagem que eu tanto gostava e que também existiam tantos palavrões em japonês.
Depois acabei descobrindo que o senhor japonês com quem trombei naquele dia estava saindo de uma igreja japonesa. Sabendo disso, todos os dias eu tentava entrar lá para tentar saber mais sobre aquelas revistas. Depois de meses de insistência e rejeição, acabei conhecendo um “não-nikkei” que freqüentava tal igreja e que me ensinou o que era o mangá. A partir de então, para poder ir ao bairro da Liberdade e comprar mangás, comecei a guardar o dinheiro do lanche da escola e a trabalhar em uma locadora sem que minha família soubesse. Eu ia quase todos os dias para as livrarias, mas era bem complicado, pois muitas sequer me deixavam entrar. Naquela época, estava cansado de escutar: “Ei moleque Gaijin, você sabe ler mangá? E você tem dinheiro? Vai comprar? Se tiver dinheiro pode ficar. Se não tiver, vai embora!”. Com as revistas que consegui comprar naquela época, comecei a aprimorar minhas técnicas de desenho.
Após certo tempo, entrei em um curso de desenho tradicional e comecei a fazer cartoons e pintura com o Professor Carlos Alberto Migliorim, que já trabalhou em diversos estúdios em todo o Brasil. Quando comecei, queria aprender a desenhar mangá, mas ele não conhecia esse estilo de desenho e foi adaptando a sua própria técnica ao que eu queria. Com o tempo, comecei a ajudá-lo em suas aulas e, logo depois, comecei a dar aula na escola dele e no bairro da Liberdade em São Paulo. Então, em 1996, com a ajuda de um amigo, fundei a Japan Sunset, um grupo para desenhistas de mangá.
Meu primeiro aluno na Liberdade era um senhor japonês de 65 anos de idade que, na adolescência, fora desenhista no Japão, mas que também não desenhava desde aquela época. Logo nas primeiras aulas, ele foi muito cruel comigo e me testava a todo o momento: não só a parte do desenho, mas também o meu auto controle e confiança. Ele achava um absurdo um gaijin ousar dar aula de mangá no bairro japonês. Entretanto, se eu conseguisse ganhar a confiança dele, ele me ajudaria a crescer. Nesta época, eu tinha acabado de completar 17 anos e, apesar de ter sofrido bastante, me esforcei e consegui mostrar meu potencial. Como recompensa, este mesmo senhor me apresentou à professora Sonoe, dona do Jardim Episcopal localizado na Galvão Bueno, onde, em seguida, comecei a dar aula.
Depois de um longo tempo, descobri que esse aluno que tive era parente daquele senhor japonês com quem eu havia trombado em frente à igreja.
Apesar de todos os obstáculos pelos quais passei, acredito que todos os altos e baixos contribuíram para que eu fortalecesse ainda mais o meu sonho. Hoje, mesmo tendo atingido meu objetivo de trabalhar com mangá, creio que este é apenas o começo de outros sonhos que estão por vir.”
Atualmente, a Japan Sunset tem contribuído na divulgação da arte do mangá pelo Brasil, promovendo cursos e workshops em diversos estados. Sua matriz está localizada em São Paulo, na travessa Tutóia e suas filiais estão na Vila Carrão, Vila Formosa, Pinheiros, Osasco e Sorocaba. Para mais informações, visite o site: www.fabioshin.com
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil