Conte sua história › Claudio Sampei › Minha história
Passei por muito perto de todos os esportes mais "tradicionais" da colônia, mas acabei caindo na piscina.
Do Nihongakko (Escola Japonesa) de São Bernardo onde estudei saíram grandes nomes do tênis de mesa, como por exemplo Hugo Hoyama. No mesmo Nihongakko, eu tinha amigos judocas e freqüentemente ia assistir aos campeonatos. Da mesma forma, fui várias vezes assistir campeonatos de Kendô, esporte praticado por pessoas da família, de um parentesco um pouco distante, mas próximos no dia-a-dia durante minha infância. Nenhum desses esportes me chamou a atenção.
Também não me interessei pelo Karatê, depois de levar um soco no estômago de um amigo que queria me mostrar como era, e nem por outra lutas marciais, depois de tentar praticar e sempre sair desanimado de levar tantos socos e pontapés.
Joguei baseball durante alguns poucos anos no time do Kodama de Santo André, mas também desisiti: acordar cedo aos domigos para ir treinar enquanto minha família ia para a praia se divertir não me agradava nem um pouco. Até que jogava bem, mas não era meu caminho. Meu pai diz que se meu avô fosse vivo eu jogaria por mais tempo: meu avô Itsumu era fanático por baseball. Mas meu próprio pai parou de jogar baseball ainda menino, quando meu avô faleceu.
Saindo um pouco dos esportes da colônia, futebol nem pensar. Apesar de gostar e jogar todos os dias na escola e no Nihongakko, eu era sempre um dos últimos a ser escolhido para formar os times e quase sempre ia jogar de goleiro. Volley também: mesmo jogando todos os sábados, nunca consegui sacar direito.
Na natação me dei bem. Nada de espetacular, mas sempre ajudava minha equipe com pontos importantes para conquistar campeonatos e defendi São Bernardo por diversas vezes nos Jogos Abertos do Interior. Viajei bastante por causa da natação, fiz muitos amigos e cresci num meio bastante saudável. Acho que foi uma boa escolha... Ou eu não tinha outra escolha.
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil