Conte sua história › Willian Takahiro Higuchi › Minha história
Quando ia para casa do Ojiichan (avô) em Igaratá, invariavelmente ele aparecia com duas garrafas de guaraná Antarctica, daquelas que tinha antigamente, de vidro, verdinhas, de um litro e meio...
- “Garaná” nomitai? (Quer beber guaraná? [ele nunca pronunciou ‘gua’])
E fazia questão de nos servir.
Já tomei guaraná de montão... Mas nenhum guaraná era tão gostoso.
Era magro e alto. Usava sandálias de couro. E boina.
Eu sempre dava um jeito de roubar aquele chapéu diferente. Para mim aquilo era o símbolo de meu avô, pois até aquele momento só tinha o visto usar. Até que vi na TV em algum filme, alguém também usando:
- Ah! Ojiichan no boushi da! (É o chapéu do ojiichan!).
Já vi muita gente usando boina, mas ninguém combina tão bem com aquele chapéu que o Ojiichan.
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil