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Nosso trabalho hoje é basicamente dar aulas de taiko e fazer apresentações. Nosso grupo, o Wadaiko Sho, tem somente três pessoas que se dedicam 24 horas ao taiko. As outras seis pessoas também participam, mas têm as suas profissões em paralelo. E temos cerca de 60 alunos que tem um grupo chamado Setsuo Kinoshita Taiko Group que faz apresentações voluntárias.
Acho que da mesma forma que eu, muitos procuram o taiko como uma forma de resgatar sua identidade. Realmente o taiko provoca um impacto: é bonito e moderno. Talvez por essa forma tenha atraído a todos.
Acredito que o taiko é para qualquer pessoa, de todas as idades. Já tivemos alunos de 7 a 75 anos. Não tem nenhuma restrição, as aulas são voltadas para o lazer.
Meu interesse sempre foi no taiko tocado em palco. Entretanto, quando você se aprofunda nos estudos, você vê como o taiko tradicional (clássico) é profundo. Então, resolvi estudar o taiko e shinobue (flauta) clássico do estilo Mochizuki com dois professores japoneses.
Meu professor de flauta é de Tokyo e se chama Mochizuki Shota, ele é quem toca Shakuhachi no início do filme A Clã das Adagas Voadoras. Ele tem formação clássica, mas também trabalha muito o estilo contemporâneo.
Já, meu sensei de taiko, Mochizuki Tayaichiro, mora em Osaka e também tem formação clássica. Eu falo clássica, mas tem vários estilos de música clássica. O dele, como o meu sensei de shinobue, é o Nagauta, uma música secular tocada no teatro kabuki.
Depoimento à Nádia Sayuri Kaku
Fotos e vídeos: arquivo pessoal de Setsuo Kinoshita
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil