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Ricardo Miyake

São Paulo / São Paulo - Brasil
62 anos, Professor Universitário, Poeta e Revisor

Resumo dos fatos


Neto de japoneses, minha formação fugiu bastante do estereótipo: nunca fui forçado a estudar japonês, nunca fui censurado por gostar de "gaijins", nunca me incutiram a idéia de viajar ao Japão. Por outro lado, determinados aspectos da vida cultural japonesa sempre me foram passados: respeito às leis, educação, honra, essas coisas completamente fora de moda hoje. Na verdade, nunca quis me aproximar muito das questões mais cosméticas e caricaturais do que se imagina serem os japoneses - aqui do Brasil ou de qualquer outro lugar. Mas detesto, talvez pelos mesmos motivos, a representação que ainda se faz deles em comerciais e mesmo em novelas.
Sei que, a despeito de tudo o que se diz, nunca serei considerado brasileiro. Está na cara. Mas também não sou nem nunca serei japonês - e isso está no coração. Minha vida tem sido devotada ao estudo da Literatura e da cultura do Brasil, para a compreensão das peculiaridades melindrosas de nosso lastro histórico e social, e isso deveria dizer tudo. Mas não é o que acontece, sabemos disso os menos hipócritas entre nós. Nada há que me desgoste nisso tudo, é apenas uma constatação de quem já viveu o suficiente para não alimentar ilusões. As histórias que postei aqui, de certo modo, são ficções. Mas também não são. Até onde eu as vivi, fica a cargo do leitor.


Enviada em: 25/01/2008 | Última modificação: 25/01/2008
 
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Comentários

  1. Gilberto Koji Miyake @ 1 Fev, 2008 : 19:16
    Gostei muito! E, interessante: fatos são fatos. O que muda é a opinião ou a impressão que cada um tem do que aconteceu. Lembro-me bem do Aílton, puxa... naquele tempo, a morte não fazia parte do nosso cotidiano. Éramos invencíveis. A pressão que você sentiu, contrapõe-se à minha quase inexistência. Fui mais livre que você, thanks God! Abraços Seu irmão. P.S.: Posso gravar um playback de Birthday? hehe

  2. Márcia Y. Takeda @ 11 Fev, 2008 : 07:41
    Entendo o que vc quer dizer... Mas talvez porque somos cobrados pelos 2 lados, procuro sempre me aprofundar em leituras, seja de literatura brasileira que a japonesa. Gostei do seu texto "Preconceito". Márcia

  3. Francis Neves @ 12 Fev, 2008 : 15:05
    Olá, Ricardo! Primeiramente, gostaria de dizer que adorei suas histórias! Especialmente o texto "Preconceitos". Eu sou aluna de jornalismo da Unesp e estou escrevendo uma matéria em comemoração ao centenário da imigração japonesa. Estou à procura de imigrantes e descendentes que possam falar sobre o assunto. Vc toparia uma entrevista? Meu contato é franneves@yahoo.com.br. Obrigada! Até.

  4. Rita de Cássia Arruda @ 4 Abr, 2008 : 07:45
    Adorei seu relato, Ricardo !!! Você tem, verdadeiramente, alma de poeta. Fico aqui imaginando se você seria parente de minha amiga Kaoru. Sei que ela tem (ou tinha) parentes no Brasil, mas nunca os conseguiu localizar. Sobre ela e minha outra amiga japonesa, Aki, deixei registrada minha história aqui nesse espaço maravilhoso que a Abril nos proporcionou. Bom... Ao contrário de você, eu, inversamente, para ser bem redundante, achava os japoneses uma gracinha, quando adolescente. Meu irmão tinha um colega de sala, Mitoro, nissei, que era puro charme com aquela sua beleza oriental. Viva a diferença !!! Parabéns e obrigada por compartilhar conosco sua história.

  5. Elisa K. @ 2 Mai, 2008 : 15:54
    Belos textos, sr. Miyake. Sobretudo os textos "Preconceito" e o "Teoria do medalhão enviesado". Percebe-se a Literatura no seu sangue. Egomania ou não, todos já tivemos uma Bettina nas nossas vidas, não? Abraços.

  6. Paulo Eduardo Castaldi @ 20 Jun, 2008 : 16:07
    Como podem ver pelo meu nome, não sou descendente de japoneses, mas de italianos. No entanto, desde criança tenho interesse grande pela cultura japonesa. Sou faixa preta de judô, estudei o idioma japonês na Escola Shiinomi Gakuen, onde me formei depois de quase 16 anos e continuo aprendendo até hoje com 48 anos de idade. Gosto da música, da cultura, da culinária, do povo, enfim sou um gaijin com coração japonês, mesmo sem nunca ter ido ao Japão, digo sempre emocionado que amo essa terra, meu coração bate naquelas montanhas, sinto-me como se exilado fosse. Sinto-me preso num país distante longe do meu amor e das cerejeiras. Parabéns aos nikkey-jin que construiram a grandeza do Brasil. numagaeru@hotmail.com

  7. ricardo @ 24 Jul, 2009 : 04:26
    e assim ela ta estranha comigo eu queria dexa ela preocupada ou fala um coisa pra ela se abala

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