Conte sua história › marcelo tamada › Minha história
Quando eu trabalhava no Jornal Paulista, cuja redação ficava na Baixada do Glicério, tive acesso a algumas revistas comemorativas dos 60, 70, 80 anos da Imigração Japonesa do Brasil.
Naquele tempo, duas instituições eram o orgulho da colônia japonesa: a Cooperativa Agrícola de Cotia e o Banco América do Sul.
Hoje, no ano do Centenário, as duas não existem mais. A Cooperativa naufragou provavelmente por problemas de má gestão, enquanto o Banco América do Sul foi sugado no processo de fusões bancárias que ocorreu no setor na década passada.
Apesar do fim pouco honrado, deve-se ressaltar que as duas instituições foram importantíssimas na vida de milhares de jovens nisseis que vieram do campo continuar os estudos na Capital, numa época em que as escolas no interior raramente passavam do Ensino Fundamental.
Perdi a conta do número de pessoas que conheci que se formaram graças ao primeiro emprego na Cooperativa ou no América do Sul.
Aliás, esse é o grande legado da Imigração Japonesa no Brasil: o considerável número de médicos, engenheiros, dentistas, enfim, pessoas que se formaram nas universidades e construíram carreiras de sucesso no Brasil.
Esse deve ser um motivo de orgulho dos brasileiros descendentes de japoneses: a importância que o estudo sempre ocupou dentro da família nikkei.
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil