Conte sua história › yoshio imaizumi › Minha história
A primeira reunião da comissão nacional do centenário da imigração japonesa, foi em 15 de dezembro de 2001. Fui convidado a integrar a assessoria da Coordenação geral como voluntário pelo General Akira Obara em 2003, na época coordenador geral do centenário, hoje coordenador da comissão de Segurança.Acredito que foram as repercussões positivas dos primeiros trabalhos comunitários expressivos na fundação da Liga Nipo Brasileira de Volleyball, Liga Nipo Brasileira de Futsal e Liga Nipo Brasileira de Tenis de Mesa,que motivaram o convite.
Passei pela coordenação do Falecido Keitaro Yaguinuma, Professor Reimei Yoshioka e agora com o Presidente da Comissão executiva Ossamu Matsuo. Nenhuma faculdade, curso, viagem, atividade, poderia me dar a honra de poder conviver com tantos e tão ilustres membros da elite da comunidade nikkey. Aprendi muito e tenho muito a aprender.
Hoje estou coordenador da comissão de relacionamento com entidades da comissão nacional, focado no incentivo às comemorações municipais em São Paulo e outros estados, apesar de termos entre nossos vice presidentes 40 dos presidentes das entidades mais importantes de norte a sul do país. Os projetos da Tocha da Amizade que sairá do porto de Kobe e virá ao Brasil participar das festividades oficiais no Estado de São Paulo, teve e tem nossa contribuição. A celebração religiosa oficial é organizada por uma sub comissão de nossa equipe.Viajamos praticamente todos os fins de semana fazendo reuniões com prefeitos, vereadores, secretários municipais e lideres da nossa comunidade, organizando e incentivando as comemorações no âmbito municipal.
É realmente uma honra poder conhecer as comunidades, as atividades e principalmente as contribuições de imigrantes que atravessaram o mundo ,indo para o local mais distante do planeta, tentar a sorte e voltar rico para o Japão. A língua totalmente estranha, a comida sem nenhum parâmetro com a milenar tradição cultural japonesa. Muitos fugiram das fazendas de café pois a condição era semelhante á escravidão. Muitos morreram com doenças tropicais, ou simplesmente porque tinham vergonha de procurar um médico.
Hoje a comunidade nikkey está presente em praticamente todos os setores da sociedade brasileira, integrados neste pais acolhedor e contribuindo com a riqueza de nosso país.
Conheci o cerrado brasileiro em São Gotardo-MG, só para ter uma idéia 75% da produção nacional de cenoura é retirada nas antigas terras devolutas, antes da participação dos nikkeys em projetos inacreditáveis de competência da agricultura brasileira.
A adaptação de frutas ao clima tropical é outra especialidade, visto o caqui, ponkan, nomes sugestivamente de origem niponica, para não ficar enumerando diversas frutas e plantas adaptadas. Muitas historias de pessoas, de entidades, de regiões, de estados, de um povo que completa sua integração na sociedade brasileira nos 100 anos de imigração, invertendo o fluxo migratório para o Japão. É o mundo globalizado
Histórias de Shuhei Uetsuka de promissão que com a modernidade não temos referência para dimensionar a coragem e o significado do termo trabalho comunitário.
Vamos comemorar e agradecer o centenário citando os objetivos da comissão nacional que é a Associação para Comemoração do Centenario da Imigração japonesa no Brasil
A Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil tem por objetivos:
- Homenagear os imigrantes japoneses
- Manifestar gratidão pela receptividade dos brasileiros e pelo feliz convívio com os demais imigrantes
- Fortalecer os laços na comunidade nipo-brasileira no Brasil e no Japão
- Fortalecer o relacionamento bilateral Brasil – Japão
- Valorizar e incrementar a divulgação da cultura japonesa no Brasil e a da cultura brasileira no exterior
Parabéns comunidade Nikkey (descendentes de imigrantes japoneses)!!!!!
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil