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Meu avô queria muito viajar para o Japão. Mas ele era muito seguro, guardava dinheiro. Ele tinha muitos costumes japoneses. Ia à sauna e tomar banho de ofurô umas quatro vezes por semana e sempre jogava gatebol. Ele enxergava a vida de outra maneira, por outra cultura. Meu pai conta que meu avô correu atrás dele com uma espingarda quando soube que minha mãe estava namorando um gaijin. Mas depois se acostumou com a idéia. Meu pai hoje sabe mais sobre cultura japonesa do que muito japonês. E minha mãe aprendeu a fazer um monte de comida árabe para agradá-lo. Ela sabe fazer quibe, esfiha, tabule. E isso é muito bonitinho!
Minha mãe me deu outro dia um livro com receitas básicas japonesas. E escreveu assim como dedicatória “estas receitas foram testadas e aprovadas por sua avó Luisa ao longo de sua vida. Aproveite!” Mas eu ainda não fiz nenhum prato.
Depoimento à jornalista Renata Costa
Fotos: Everton Ballardin e arquivo pessoal de Sabrina Sato
Vídeos e áudios: Estilingue Filmes
Pânico se inspira em programas da TV japonesa
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil