Conte sua história › Sabrina Sato › Minha história
Eu tinha sete anos quando minha avó materna Luisa morreu. Meu avô se casou pela segunda vez e foi morar em outra casa (antes ele morava com a gente). A partir desse momento, a gente parou de falar japonês em família, porque só minha mãe falava e ela não tinha mais com quem conversar. Meu pai é filho de libanês com suíça, então não fala japonês, e eu e meus irmãos éramos pequenos, falávamos muito pouco japonês.
Eu sabia várias musiquinhas japonesas quando pequena. Minha mãe cantava pra mim. Mas agora eu canto tudo errado, não sei mais o significado das palavras. Lá em casa a gente fazia karaokê, eu cantava em japonês música no Dia das Mães e no dos Pais. Mas eu decorava sem saber o significado. Quando você é criança, numa certa idade, quer ser igual às outras. As crianças iam para a aula de balé e eu para de japonês. Não gostava, não, então faltava bastante.
Depoimento à jornalista Renata Costa
Fotos: Everton Ballardin e arquivo pessoal de Sabrina Sato
Vídeos e áudios: Estilingue Filmes
Pânico se inspira em programas da TV japonesa
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil