Conte sua história › Marina Hiroko Hasegawa › Minha história
Com os conhecimentos adquiridos de agricultor, o Sr. Gen desenvolveu todo o seu potencial e sua capacidade empresarial multicultural. Da hortelã, era retirado o óleo e colocado em alambique para fazer a menta e o algodão.
Para a subsistência, começou a plantar, além do arroz, feijão, milho e outras culturas até então desconhecidas no Brasil, como o azuki – feijão para fazer o doce japonês – e soja, que era totalmente desconhecida na época e ironizada pelos outros agricultores. Da soja, a Sra. Katsu fazia o shoju e o missô.
Como o Sr. Gen lia muito, ele introduziu a fertilização do solo e a pulverização da plantação. Com a utilização desses recursos, o algodão que ele plantava chegou a atingir 1,80m de altura e o arruamento de 1,60m, obtendo o recorde, na ocasião, de produtividade de 400 arrobas por alqueire. Talvez a plantação persista até os dias de hoje.
Em decorrência desse trabalho, ele se recuperou financeiramente, adquiriu um terreno para ter a sua própria lavoura.
Embora houvesse prosperado com a agricultura, o comércio era a atividade que tinha na veia e por isso mudou-se para Presidente Prudente (SP), onde abriu um bar e uma sorveteria. Não tendo o sucesso esperado, veio a falir mais uma vez, perdendo tudo: lojas e terrenos e tendo que deixar a cidade na calada da noite para São Paulo com destino ignorado.
Uma parte da família veio de trem e foi abrigada pelo tio, Sr. Kazuo Ashikawa, no bairro da Lapa, em São Paulo, enquanto aguardava a mudança que estava vindo de caminhão.
Texto escrito por Shiguei Hasegawa, com colaboração de Mariana Hasegawa.
Natal de 1973
Natal de 1973
Natal de 1973
Natal de 1973
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil