Conte sua história › Luiz Hideo Ishida › Minha história
Em função desses episódios, tive pouco contato com a colônia japonesa e não aprendi japonês. Para compensar, estudei inglês, não tive muitos amigos da colônia japonesa, nem interesse em conhecer o Japão. Minha infância foi no meio de italianos no bairro do Cambuci, daí a motivo de ser palmeirense para “sobreviver”, onde nasceu também a minha irmã mais nova, Nicia (assistente social).
Cheguei a falar, cantar em italiano e meu apelido era Gigio (de Luigi, Luiz em italiano). Quando mudamos para Pinheiros via os aviões rebocando planadores. Fiquei curioso e fui ao campo de aviação no Butantã para conhecê-los: fiquei encantado com a simplicidade dos planadores e ainda mais por ser pilotado por jovens como eu (na época com 16 anos).
Para custear os vôos, comecei a trabalhar como office-boy durante o dia e a cursar o Científico no período noturno.
A minha juventude foi no meio de alemães, onde comecei a praticar o Vôo a Vela em dezembro de 1958, esporte pouco difundido entre os japoneses, no Clube Politécnico de Planadores.
Fui Instrutor do clube, ministrando aulas teóricas e práticas. .
Participei em 1972 no Campeonato Mundial de Vôo a Vela na Iugoslávia. Fiquei todo “embananado” ao me encontrar com a delegação japonesa, pois, me deu um “branco” e consegui dizer somente uma palavra em japonês: “hai”, que significa sim em japonês. Depois, expliquei os motivos de minha ignorância aos japoneses, em inglês!
Na minha vida profissional, nunca trabalhei em empresa japonesa, mas, em compensação, tenho experiência em firmas americanas e alemãs.
Fui Professor na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC-SP).
Em dezembro de 1996, compramos uma papelaria nos Jardins e colocamos o nome de Papelaria Clei Ltda., que são as letras iniciais de: Cecília, Luiz, Edson e Ieda. Sugerido pelos nossos filhos, para substituir Cartoon, o nome anterior.
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil