Mulheres Japonesas não engordam nem envelhecem

Se você acha que comida japonesa é sushi e sashimi está profundamente enganado. Pelo menos na minha família, sushi era comida de festa e sashimi eu só via no reveillon. Foi por isso que eu resolvi falar sobre o livro que estou lendo nas férias: "Mulheres japonesas não envelhecem nem engordam", de Naomi Moriyama, uma japonesa radicada em NY que redescobriu a verdadeira culinaria japonesa na cozinha de sua mãe D. Chizuko. Os números não mentem as mulheres japonesas tem mais anos de expectativa de vida saudável que o resto das 192 nações do mundo: cerca de 77,7 anos.

Depois que soube do sucesso do livro "Mulheres Francesas não engordam", que rendeu a autora, uma ex-executiva da maison Veuve Cliquot, a aposentadoria devido ao sucesso do seu best seller,  resolvi me jogar na literatura da culinária japonesa, até porque, nunca gostei de sushi, mas adoro o sabor da comida que minha tias japonesas levam aos mochioris (reunião em que cada convidado leva um prato de comida) da família. E também porque no Japão existe a febre do Chá verde, um antioxidante que as mulheres consomem como agua. E por último porque a pele das japonesas é invejável.

O fato é que, os japoneses são obcecados por comer bem. E uma das premissas de comer bem é comer alimentos frescos. Não é a toa que os grandes sushimans de São Palo não admitem peixe não fresco em suas cozinhas (aprenderamem casa). Mas voltando ao livro, além de algumas memórias pessoais da autora e outras receitas de pratos caseiros japoneses, o livro faz algumas passagens sobre fatos da cultura nipônica que estão presentes na memória de todos nós, descendentes.

Conta por exemplo da cultura de amassar o mochi e da máquina de fazer sembei. Mas também relembra a importância da celebração do arroz, do lado espiritual da cerimônia do chá verde e de outros segredos da culinária japonesa como os sete pilares. Deliciosa leitura para os dias de férias. Depois dela, você vai entender poque sua mãe insistia tanto para voc^|e comer daicon e tofu  e inconscientemente você vai procurar comer bem melhor. Assim como eu!

Perfil

Adriana Yoshida, metade japonesa e metade brasileira. Confesso que minha metade japonesa é meio paraguaia, já que não falo nihongo e não gosto de wasabi. Para compensar, sou obcecada pelo estilo das japas. Quero ser moderna como as Shibuya Girls, andar de salto sem cansar, carregar bolsa de mão junto com uma sombrinha (para não me queimar) e colecionar sapatos de grife. Enquanto isso não acontece, me limito a escrever sobre a moda pop do Japão, a mais legal do planeta.
 

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