
22 Nov, 2007
Looks do cruzamento de Harajuku
Este ano, fiz minha primeira viagem ao Japão e confesso que fiquei impressionada com tudo: a civilidade do povo, a tecnologia, os templos, mas nada me tirou mais a respiração do que o bairro de Harajuku.
O lugar é famoso por exibir a moda de rua mais excêntrica do planeta. Já havia estudado o assunto em sites e na revista japonesa especializada no assunto Fruits, que eu assino aqui no Brasil, mas nada se compara ao que é aquilo ao vivo.
Primeiro por causa do grau da loucura dos looks. Ninguém por aqui tem coragem de se montar (vestir para impressionar) daquele jeito. O exagero chega a ser caricato. Você encontra estereótipos de diversos estilos: lolitas, góticas, colorfulls, hip-hops é fauna e flora caminhando por uma rua estreita chamada Takeshita-Dori.
Segundo por causa da atitude. As mais incrivelmente elegantes nem me olharam quando tentei pedir - com meu japonês macarrônico - para tirar uma foto. Elas se vestem para elas mesmas e não se importam com a opinião alheia. Ninguém, aliás, se importa com o que o outro está vestindo. É a democracia da moda.
Separei os estilos mais comuns em Harajuku, após uma breve análise:

Lolitas: são as adoráveis meninas que se vestem com influências vitorianas. Laços e rendas em tons pastéis, sombrinhas enfeitadas e sapatos infantis com bicos arredondados.

Góticas: expressam o visual dark com roupas pretas, crucifixos, correntes e máscaras.

Gótico Lolitas: também trazam influências da moda vitoriana (rendas e babados) mas em preto. A mistura de preto e branco (meias listradas) é bem comum.

Colorfull: extrapolam nas cores em roupas e acessórios. Usam ícones infantis como pirulitos, chucas e lancheiras.

Black-wannabes: é o grupo que se identifica com o Hip-hop. Abusam da sensualidade das Divas da música black americana. Os meninos, costumam usar o estilo gangsta-rap.
Entre milhares de outras combinações que passam pelo cruzamento da Omotesando Hills (avenida do bairro) a cada 10 minutos.
Postado por Adriana Yoshida | 27 comentários
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Perfil
Adriana Yoshida, metade japonesa e metade brasileira. Confesso que minha metade japonesa é meio paraguaia, já que não falo nihongo e não gosto de wasabi. Para compensar, sou obcecada pelo estilo das japas. Quero ser moderna como as Shibuya Girls, andar de salto sem cansar, carregar bolsa de mão junto com uma sombrinha (para não me queimar) e colecionar sapatos de grife. Enquanto isso não acontece, me limito a escrever sobre a moda pop do Japão, a mais legal do planeta.
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