Diferentes Japões: o Japão dos animês

Amigo(a) internauta, desculpe o sumiço. Estou me preparando para tirar uma semana de folga (que deveriam ter sido tiradas na época do Natal) e redescobrir meu pedaço gaúcho (aparentemente ontem à noite eu estava já falando com sotaque). Com isso, o trabalho acumulou e... sumi do blog. Mas... voltando:

Desde que eu me conheço por gente, meu animê (animê = desenho animado japonês) favorito sempre foi A Princesa e o Cavaleiro, criado por Osamu Tezuka (sim, ele mesmo, o Deus do Mangá). Assisti outros fofitos (havia um sobre uma menina, um menino e uns ratinhos no SBT que eu adorava e, claro, não me lembro do nome) , Don Drácula (um dos desenhos mais cômicos que já vi) e Speed Racer (que está virando filme e promete gerar grande polêmica entre os fãs) mas meu repertório parou por aí. Pokemon... hmmm... os monstrinhos eram bonitinhos (quem não queria ter um de verdade?) mas eu nunca consegui entender direito a história. Os Cavaleiros do Zodíaco então.... xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.... será que eu conto?

(Pausa para pensar).

Ok, eu conto.

(Respirando fundo e criando coragem... desculpem-me, fãs de Os Cavaleiros!)

Até novembro passado, eu achava:

1. Que eram 12 cavaleiros (se são do zodíaco, doze signos, doze cavaleiros, dããã).
2. Que, obviamente, eles se chamavam Áries, Touro, Câncer...
3. Que eles eram uma espécie de Liga da Justiça japonesa.

Então, imagine você minha dificuldade para fazer esta reportagem aí de cima, em vídeo, sobre animê. Tive de recorrer a especialistas (você também pode chamá-los de fãs) e fazer aquelas perguntas bem básicas ("Mas não são 12 cavaleiros?"). Você sabia que foram Os Cavaleiros que deram início ao boom do desenho animado japonês no Brasil?

Esta foi uma das reportagens mais interessantes que eu já fiz: descobri um mundo. Se os mangás estão fazendo um supersucesso, principalmente entre a molecada, os animês têm um público maior ainda. Há os saudosistas, que compram DVDs dos desenhos que assistiam na infância (Astroboy, A Princesa e o Cavaleiro), há os superfãs de Seya e companhia (ok, eles são só quatro mas ainda não sei o nome de todos os zodiacais), há os viciados em Naruto (a-do-rei Naruto! Aliás, na primeira fase ele não lembra o Calvin, de Calvin e Haroldo, de vez em quando?), isso sem falar em Saylor Moon, Death Note, Bleach... e, coisa de fã: entrevistei o ator e dublador Gilberto Baroli, que faz a voz de Saga, e está no ramo dos animês desde que A Princesa e o Cavaleiro desembarcou por aqui, em 1972. Também conheci o filho dele, Hermes, que dubla o Seya. (Será que eu deveria ter pedido um autógrafo para os dois?)

Dessa nova leva, os que eu mais gostei foram Bleach e Naruto. Death Note me deu calafrios. Supersoturno, fiquei impressionada com a violência: no episódio que eu assisti, havia tortura, pai matando o filho, manipulação psicológica e chantagem emocional. Isso sem contar os monstrengos. Brrrr.

E você, qual seu animê favorito? E... alguém lembra desse desenho de ratinhos (não é o Hamtaro)?

Postado por Raquel Hoshino | 1 comentário

Perfil

Raquel Hoshino é mezzo japa, mezzo italiana. Jornalista, ariana e chefe escoteira, está atrás de seu "gene zen". Aquele pedacinho oriental perdido, suficiente para transformá-la numa pessoa iluminada e calma o suficiente para comer uma tigelinha de arroz, grão por grão, enquanto admira a paisagem de suas jornadas.
 

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