Ontem eu fui assistir ao primeiro show da cantora
Tigarah. Essa japonesa natural de Tóquio que cria suas músicas baseada nas batidas do funk carioca se apresenta até domingo, dia 4 de maio, na exposição
Tokyogaqui promovida pelo
Sesc da
Avenida Paulista em São Paulo. Para mais informações é só olhar na
agenda, lá tem até um videozinho com uma música dela.
Eu tenho que confessar que fui ao show mais pelo caráter inusitado da coisa, mas no final acabei me divertindo também. O ritmo é funk carioca mesmo, mas as letras são em japonês e inglês misturados.
Tigarah deve participar na segunda-feira do
programa do Jô e vai ficar bem famosa por aqui já que passou uma tarde quase inteira dando entrevistas para a televisão. A minha idéia era levá-la para bater um papo lá no site Virgula, mas a produção dela se desculpou e me disse que ela deve ficar muito ocupada já que retorna para o Japão na semana que vem e está com uma agenda super apertada. Mesmo assim deu tempo de tirar uma foto com ela e de bater um papinho. Uma amiga que estava fazendo uma entrevista perguntou a ela:"Por que você não fica por aqui?" e ela respondeu:
"Porque eu não tenho visto. Preciso achar alguém que me dê um visto. Eu gosto muito do Brasil e viveria aqui numa boa".
Pelo jeitão da resposta até parece uma resposta típica de quem vem visitar o país pela primeira vez, mas
Tigarah já veio ao Brasil três vezes. E a cara dela na hora que respondeu isso foi impagável. Sinal de que gosta mesmo de nós.
O DJ dela,
Yugo, veio pela primeira vez ao país, mas revelou estar muito animado com tudo. Foi engraçado porque neste show fomos eu e uma amiga, ambos brasileiros, ambos falando japonês enrolado. Na hora de conversar com o cara ele olhou pra cara da gente e disse:
"Vocês falam japonês?" e ficou todo confuso respondendo as perguntas da gente misturando japonês e inglês. Acho que pra ele também foi um choque cultural.
A idéia do blog de cultura pop pra mim, sempre foi o de mostrar um pouquinho em que ponto a cultura japonesa e a brasileira se encontram. E nas pesquisas que faço na procura do que escrever aqui, tenho que dizer que está ficando cada vez mais fácil.