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8 Nov, 2007

O Jeca e os japas.

Este é o trailer do filme "Meu Japão Brasileiro" lançado no dia 20 de janeiro de 1964. Quem estrelava o filme era Mazzaropi, ator que ficou muito conhecido com o personagem Jeca Tatu e cujo os filmes batiam recordes de bilheteria nas décadas de 60 e 70. E como o universo rural era quase sempre presente em seus filmes, não foi estranho que neste tivesse a participação da comunidade japonesa que tanto contribuiu para o desenvolvimento agrícola do país. Acho que esse foi um dos primeiros filmes nacionais com tantos atores nikkeis em cena. E entre eles podemos destacar Célia Watanabe (foto), que além de participar deste filme também trabalhou em obras do Walter Hugo Khouri ao longo da década de 60. Não encontrei muitas informações sobre a atriz, apenas que ela é nascida em Ribeirão Preto, São Paulo.

Apesar dos filmes do Mazzaropi não terem sido levados muito a sério, acho que ele fez um excelente trabalho ao mostrar um pouco da cultura japonesa em seu filme. Com certeza, ele colaborou para fixar ainda mais a imagem de povo trabalhador e honesto da comunidade japonesa.

Se você se interessou em assistir ao filme, saiba que não deve ser muito difícil encontrá-lo em locadoras (pelo menos pra quem mora no Brasil). Não faz muito tempo que foi lançada uma coleção de filmes do Mazzaropi. Eu mesmo encontrei um DVD numa banca de jornal e paguei apenas 20 reais. E não era pirata não!!! rs...

"Meu Japão Brasileiro" ,1964 - direção e roteiro: Glauco Mirko Laurelli e Amácio Mazzaropi.

 

Postado por Alexandre Sakai | 14 comentários

Comentários

  1. Ewerthon @ 8 Nov, 2007 : 09:07
    Nossa, muito legal isso. Vc sabe que eu morei em Taubate e tive um professor que era o curador do museu do Mazzaropi. Alias, na cidade do Vale do Paraiba ha um hotel-fazenda no lugar onde foi o complexo cinematografico do Mazzaropi. Ainda estao por la os cenarios que eles usava no filme. Eh bem interessante e vale a pena uma visita. Quem se interessa pela cultura "caipira" tem de conhecer Taubate. Ha muita coisa legal na cidade. Ah! e o pintinho nao faz "pir-pir" por la nao!!!

  2. Karen @ 8 Nov, 2007 : 11:32
    Ah é, o Hotel-Fazenda Mazzaropi! Dizem que é bom para levar as crianças. Achei o link: www.hotelmazzaropi.com.br

  3. Ale Sakai @ 8 Nov, 2007 : 13:16
    É esse mesmo. Meus sobrinhos adoram esse hotel fazenda.

  4. Sam @ 8 Nov, 2007 : 13:37
    Alexandre, você me fez lembrar ao mesmo tempo de minha Batian e de minha avó brasileira neste post. Nostalgia boa. :) Estou indicando-o no meu blog. http://movimentodekassegui.blogspot.com

  5. Karina @ 9 Nov, 2007 : 13:57
    Eu morava em Londrina no Paraná e lá foi gravado o filme "Gaijin 2" que conta a história de uma imigrante japonesa e sua família. A comunidade japonesa é muito grande em Londrina, embora poucos saibam disso, portanto, ter o filme rodado por lá foi um grande orgulho. vale a pena conferir!

  6. Ale Sakai @ 9 Nov, 2007 : 17:20
    Eu ainda não assisti. Pelo que andei lendo vão lançar um box com os DVDs do Gaijin 1 e 2 no ano que vem.

  7. Ale Sakai @ 10 Nov, 2007 : 12:58
    Sam, obrigado pela indicação. Eu já havia visitado o seu blog também.

  8. RMax @ 11 Nov, 2007 : 02:38
    Nossa, eu nao conhecia esse filme. Que maravilha!!! Mudando de assunto para o Gaijin, eu espero que esse box sai. O 1, na minha opiniao, eh um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. O 2 tem uma primeira parte excelente tambem. A historia dos japoneses no Brasil eh muito forte.

  9. imin 100 @ 21 Nov, 2007 : 19:09
    imin 100 vai ser 1 fracasso assim como foi o filme gaijin 2 da tizuka yamasaki?

  10. Ale Sakai @ 22 Nov, 2007 : 02:13
    Gaijin 2 pode não ter sido um campeão de bilheteria no Brasil, mas é um filme com qualidades. Ganhou 4 kikitos de ouro no Festival de gramado e teve muitos elogios por parte da crítica. E pode ter certeza que o Imin 100 vai ser um sucesso. Estive em alguns eventos esse ano, como o Festival do Japão, e pelo que vi vai ter muita gente prestigiando a festa do Centenário também.

  11. Mário @ 24 Nov, 2007 : 15:53
    Prezado Alexandre. Muito bom o teu post, parabenizo por ele e tambem pelas suas respostas educadas e exclarecedoras... Abraços Amazônicas. PVH-RO, 24/11/07

  12. 暖者 @ 27 Nov, 2007 : 04:27
    Se depender dos nikkei's que, apesar de se acharem japoneses, alem de nao saberem ler kanjis, tambem nao conhecem a convencao intercional para transcrever palavras japonesas para letras romanas, conhecido como Sistema Hepburn, o imin (移民) vai ser um fracasso com certeza. Vou dar um boi para voces. Nao eh yamasaki, eh yamazaki (山崎 ou 山嵜 ou 山﨑, depende de como a autora do filme escreve o sobrenome dela). Tambem nao eh niquei, nikei, nikey nem nikkey, mas sim nikkei (日系). Para os nikkei's manes, que nao sao todos, ha muitos nikkei's que eu realmente admiro, vao estudar, agregar mais conhecimento a pessoas de voces para poderem ajudar o imin de forma eficiente e tambem nao terem de ficar carregando peca nem pitando chapa em fabricas no Japao. Valeu!

  13. Shigeaki @ 8 Jan, 2008 : 02:14
    bom dia a todos. sobre como ler sobrenomes e nomes japoneses, a forma de escrita romanizada do sobrenome "Yamasaki"no sistema Hepburn esta corretissima. pois em determinadas regioes do Japao um mesmo sobrenome pode ter outras formas de leitura. Neste caso pode ser Yamasaki (pronuncia-se Yamassaqui) ou Yamazaki (pronuncia-se Yamazaqui). as formas de escrita 山崎 ou 山嵜 ou 山﨑 na verdade tem o mesmo significado. o ideograma "saki" mais utilizado hoje em dia eh esse (崎) a forma de escrita (﨑) eh a forma antiga do mesmo kanji. hoje me desuso apos a segunda guerra mundial quando houve uma reforma na forma de escrita do kanji japones.as formas mais arcaicas hoje sao utilizadas apenas em nomes e sobrenomes ou em documentos e textos historicos ou antigos. Nomes como Toyota (豊田) podem ser lidos como toyoTA ou toyoDA depedendo da origem. um exemplo sao a cidade de Toyota na provincia de Aichi e o distrito de Toyoda em Iwata, provincia de Shizuoka. ainda sobre os sistemas de Romanizacao do japones, fora o citado Hepburn ainda existem outros 2 sistemas utilizados (apesar de ser pouco usual) no Japao. o Kunrei-shiki e o Nihon-shiki. exemplo o Monte Fuji 富士山 pode ser escrito como Fujisan, Huzisan, Huzisan. Claro que a forma Fujisan eh a mais utilizada e conhecida mas outras formas nao estao corretas. sobre a formas de nomes japoneses estarem escritos de forma incorreta no Brasil se deve nao ao sistema de romazicao padrao, mas envolve tambem a forma adaptada no portugues, ate algumas decadas atras, pela regra gramatical portuguesa, quaisquer nome ou palavra de origem estrangeira deveria ser "aportuguesada" por isso Tóquio e nao Tokyo ou Hiroxima e nao Hiroshima, Quioto e nao Kyoto.

  14. Shigueaki @ 8 Jan, 2008 : 23:14
    desculpem-me o trecho "...eh a mais utilizada e conhecida mas outras formas nao estao corretas..." na verdade quis dizer que TODAs as formas estao corretas pois seguem sistemas diferentes de romanizacao.

 

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Perfil

Alexandre Sakai é publicitário. Paulistano, nascido no bairro do Ipiranga, é sansei, neto de japoneses. Adora fuçar livros, revistas e a internet atrás de informações e novidades. Atualmente tem coletado histórias curiosas da comunidade japonesa no Brasil para escrever um livro.
 



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