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Aventuras na História, 1/05/2008

O que significam as mais importantes saudações japonesas?

Texto: Paulo Cunha, ilustrações: Ricardo Miyajima

Tradicionais desde o século 8, os cumprimentos são usados de acordo com a ocasião. Conheça os cinco principais

Saudação Keirei KEIREI
Esta é a saudação padrão, usada para cumprimentar os amigos e familiares. Ao se encontrar ou se despedir, as pessoas sempre inclinam o tronco em 45 graus.

ESHAKU
Tem inclinação de 15 graus e é praticada o tempo todo. Não é uma demonstração de respeito ou afeição, mas apenas de cordialidade. Serve, por exemplo, para agradecer ao sair de um restaurante.



KIREI
Muito utilizada no passado, caiu em desuso nas últimas décadas. A saudação, adotada tanto em ambientes internos quanto na rua, era realizada a partir de uma postura chamada kiza, em que a pessoa fica de joelhos.

Abaixar o corpo é a forma de cumprimento mais tradicional do Japão desde o século 8. Pode parecer simples, mas o ato de curvar-se em reverência, chamado de ojigi, é cheio de significados. Dependendo de como é feito, pode apontar o grau de importância tanto de quem é cumprimentado quanto de quem cumprimenta. Também é necessário trocar palavras apropriadas durante a saudação, e por isso não é raro que dois japoneses, ao se encontrar, façam cinco ou seis reverências enquanto conversam. Essa demonstração de respeito é tão importante que os nipônicos se curvam mesmo quando falam ao telefone.

Existem vários tipos de saudação, que variam conforme o contexto. Mas, para todas elas, alguns gestos são constantes: deve-se dobrar o corpo a partir da cintura, cuidando para manter a cabeça reta. A mulher coloca as mãos juntas, com as palmas sobre as coxas, enquanto o homem mantém os braços ao longo do corpo. E o olhar acompanha a curvatura. Para os japoneses, encarar outra pessoa diretamente é uma séria agressão à intimidade alheia.

Como boa parte da etiqueta japonesa, esse tipo de saudação tem origem nos ensinamentosdo pensador chinês Confúcio (551 a.C.-479 a.C.). Chegou ao Japão no século 4 da nossa era, mas só ganhou força 400 anos depois, já no século 8, quando a cultura chinesa começou a influenciar fortemente o país.

Fiéis à tradição e à hierarquia, os japoneses resistiram muito antes de aceitar o jeito ocidental de cumprimentar. A maior dificuldade é entender o jeito como outras culturas saúdam pessoas do sexo oposto. A razão disso é histórica: durante o sistema feudal, homens e mulheres não podiam trocar cumprimentos de forma amistosa, e dar as mãos era impensável. Atualmente, as executivas japonesas lidam com clientes orientais e ocidentais, e dar as mãos está se tornando uma prática habitual e aceitável. No entanto, o beijo ainda é um grande tabu, mesmo para os mais jovens. Até quando é dado no rosto, ele ainda tem alto apelo sexual. Não é por acaso que a tradução literal do verbo “beijar” para o japonês é “sugar os lábios”.

Saikeirei
SAIKEIREI
Feita como prova de respeito à hierarquia, exige uma inclinação de 75 graus. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, era utilizada para louvar o imperador. Fazia-se a reverência até para quadros com imagens do monarca.


dogeza
DOGEZA
Reverência muito usada no Japão feudal. Quando encontrava o senhorio, o homem comum tinha que se ajoelhar e fazer uma saudação profunda, tocando a testa no chão. Hoje em dia, só é utilizada para pedir perdão por uma falta grave.

Beijo e narigada

Outras formas de dizer “oi”

SELINHO
Quando se encontram, dois amigos russos homens se abraçam com força. Depois, se beijam nas bochechas. Em alguns casos, o beijo na boca, de leve, é aceitável. Gregos e turcos também têm esse hábito.

NARIZ COM NARIZ
Para se cumprimentar, os esquimós tocam-se uns nos outros com a pontinha do nariz. Já os maoris, da Nova Zelândia, são mais violentos: as pessoas apertam os rostos com força, nariz contra nariz.

MÃOS AO AR
Nos países islâmicos do Oriente Médio, as pessoas costumam fazer gestos bem específicos quando se encontram: primeiro tocam o coração, depois a testa e, por último, fazem ummeneio no ar, para cima da cabeça.

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