Reportagens › Japinha sem noção
Capricho, 14/10/2007
Sabrina Sato é a garota mais divertida do Brasil. Por isso, decidimos fotografá-la usando a moda mais divertida do mundo: a japonesa. Acompanhada dos nossos toys preferidos, ela se tornou a própria japagirl moderna. E adorou!
TEXTO E ENTREVISTA: Diego Maia
DESIGN: Tereza Bettinardi
Marcio del Nero
Super Malfi: Dizem que suas bolinhas são mágicas e se você esfregá-las vai ter sorte! O boneco é da família Friends with You, um coletivo de arte de Miami, EUA.
O look da Sabrina foi inspirado nas garotas de Tóquio. Entenda mais sobre o estilo no capricho.com.br . Camiseta Coca-Cola (R$ 212), legging King (R$ 98), óculos Chilli Beans (R$ 95), broche arco-íris Coelho Show (R$ 15), cinto Glida (R$ 45), colar Vivi Malek (R$ 45), brinco Miriam (R$ 1) e Melissa (R$ 110).
Ela já foi enterrada viva, caiu de um avestruz e pulou do bungee-jump mais alto do mundo. Olhando para Sabrina Sato toda desesperada ao pagar mico na TV, a gente imagina: “Como é que essa louca topa participar numa boa das coisas que os caras do Pânico inventam pra ela?” Acontece que a musa do Pânico na TV não tem nada de vítima. As idéias para todas essas loucuras vêm dela. E ela garante que nada disso lhe mete medo. Pode parecer conversa fiada, mas depois de 3 horas e meia batendo papo com Sabrina, a gente vê que esse espírito sem-noção não é pose. Ela sempre foi a garota desligada (não burra!) e espevitada, que batia nos meninos quando era provocada e aprontava todas no colégio de freiras em que estudava.
Como você foi parar no Pânico?
Quando saí do BBB (Sabrina participou do BBB3), apareceu um monte de propostas. E o Carioca (do Pânico) ligava todos os dias para o meu pai porque eles queriam me entrevistar. Eu falava que tinha medo, me falaram que era perigoso.
Porque te zoariam...
É, eu era muito ingênua há 4, 5 anos. Quando eu fui ao Pânico como entrevistada, aconteceu tudo o que eu imaginava. Eles zoaram e tal. Eu só ria. Foi o Tutinha (dono da rádio Jovem Pan) que me convidou para trabalhar na rádio e depois na Rede TV. Na época, eles precisavam de uma pessoa que tivesse popularidade para divulgar o Pânico na TV. Abri mão de tudo só pra ficar lá. Sempre tive intuição pra saber o que vai ou não vai dar certo. E eu senti que o programa ia dar certo.
Você se lembra da sua primeira semana na rádio? Te zoaram muito?
Lembro. Eu fazia no máximo duas perguntas por dia aos entrevistados, morrendo de medo de ser atacada. (risos) A cada pergunta que eu fazia, eles me zoavam por muito tempo. Mas comecei a adorar fazer isso. Eu me encontrei no Pânico. Mas é óbvio que às vezes a gente pega meio pesado mesmo porque todo mundo zoa um com o outro.
Como você encarava isso no começo?
Eu nunca fiquei brava. Achava tudo engraçado. Sempre aproveitei, quando eles me sacaneavam, pra sacaneá-los também. Eles zoam com a minha mãe o tempo inteiro! Eles zoam muito com o Bola, o pai do Bola... Os pais de todo mundo. Até o Mendigo, que é órfão. (risos)
Mas tem alguma coisa que eles falam e te chateia de verdade?
Se eles falarem que estou gorda. (risos) Se eles me chamarem de burra, eu não ligo! (risos) É brincadeira! Eles já falaram uma vez (que sou gorda), quando eu estava em casa, depressiva, só comendo. Sou compulsiva com comida. Com o lado da inteligência – ou da burrice –, eu sou muito bem resolvida, sabe? Não é uma coisa que vai me deixar chateada.
Você já disse que faz o tipo de burra, né?
Não, o que eu faço não é tipo. Eu sou eu mesma. Mas é claro que a Sabrina do Pânico é como uma caricatura do que eu sou, um exagero. Porque, no meu dia-a-dia, eu também sou assim. Sou escandalosa, falo alto, faço tudo o que faço no programa, sou molecona de quebrar tudo, a mão, a perna... Só que no Pânico isso é mais ressaltado.
Então você também não se considera burra.
Eu não me acho burra, mas também não sou o gênio da televisão brasileira. Digamos que inteligência não é minha melhor qualidade. Sou muito emotiva, o que atrapalha o lado racional. Acho que inteligência emocional tenho de sobra. Não sou nem um pouco prática ou atenta, por isso eu levo essa fama. Tem coisas que eu esqueço...
Tipo o quê?
Ontem, eu estava saindo com uma bota de cada cor. E já fiz isso várias vezes. E olha essa! Quando recebo um trote, eu atendo o celular e mando tomar no ** mesmo! Aí, um dia, estava procurando o meu celular e liguei para mim. Esperei tocar, achei o aparelho e gritei “Vai tomar no **, vai passar trote em outro!”. (risos) Liguei para o meu próprio celular e achei que fosse trote, (gargalhadas) É por isso que eu não sei direito o que é ser burra e o que é ser inteligente. (risos) E eu não tenho que provar nada, né? A gente prova no dia-a-dia.
Mudando de assunto: com que idade você deu o primeiro beijo?
Foi aos 13. Não queria que o menino soubesse que eu era BV porque ele ia ficar se achando. Aí combinei com minha amiga e a gente beijou no mesmo dia. Ela beijou o amigo dele. Foi num cinema.
E você fazia sucesso com os meninos?
Eu era um moleque, tinha um cabelo joãzinho e só andava com os meninos. E era muito magra. Depois dos 17 anos eu ganhei bumbum e coxas. Agora peito, só com silicone. Coloquei aos 21 anos. Na adolescência, meu apelido era jabuticaba. E eu achava que era por causa da pinta que tenho na testa. Mas, na verdade, era porque como meus peitos eram muito pequenos, pareciam uma jabuticaba quando marcavam na camiseta. (risos)
E você ria disso ou ficava chateada?
Se eu ria disso? Eu morria de raiva!
Você sempre foi da turma do fundão?
Sim, mas minhas notas eram sempre da turma da frente. Não era a melhor aluna, mas era tipo a quinta melhor. Mas eu era expulsa todos os dias da sala, zoava muito os meus amigos. Uma amiga deixou um testimonial no meu Orkut assim: “Sabrina, você é uma grande amiga. Mas você é responsável por todos os meus traumas”. E o Pânico é isso. É a turma do fundão. Por isso é tão bacana.
Você já fez coisas bem absurdas no programa. Tem alguma que você se recusou a fazer?
Na verdade, eu sou obrigada a levar idéias. Eu não fico sabendo do nada o que vou fazer, já que também estou na parte de criação. E dou idéias absurdas. Uma vez eu queria ir num rodeio, montar uma égua louca. Ninguém ficava um segundo em cima dela. Eu queria subir na égua e o Emílio (do Pânico) disse que eu era doida.
Já se arrependeu no meio do caminho?
Quando gravo em cemitério, fico com medo. Mas não sou muito medrosa pra falar a verdade.
Então, você nunca quis desistir do programa?
Nunca, eu adoro! Quem não gosta é o Emílio. Ele fica preocupado. Minha mãe também fica.
Você disse que sofreu muito quando terminou com o Dhomini (ex-BBB). Você sempre se entrega assim num namoro?
Sou muito imatura para relacionamentos. Essa desilusão com o Dhomini foi a primeira. Eu achava que ia me casar com ele. É lógico que, com o tempo, você fica mais ponderada. Mas acho que a gente não tem que ter medo de amar. E acredito que vou encontrar uma pessoa bacana. Mas não precisa vir de cavalo branco, não, pode ser numa coisa mais contemporânea. (risos)
Por que você terminou o namoro com o modelo Renato Pereira?
A gente brigava por coisinhas, tipo o filme que íamos ver, sabe? Parecíamos duas crianças. Hoje estamos bem, conversamos por telefone. Mas sofri muito. Chorava, ficava me cobrando, me perguntando por que não tinha durado.
E os boatos de que você saiu com o Junior Lima? São verdadeiros?
Não, nada a ver! A gente é amigo. Sempre saímos juntos. E eu sou muito amiga da Júlia Faria, ex-namorada dele. Jamais furaria o olho dela. (risos) A gente chorava de rir, eu e ele, dessa história.
Você já sofreu com alguma história absurda que apareceu na imprensa?
Eu não me importo com isso. Do mesmo jeito que não me importo com a zoeira dos meninos do Pânico. Eu acho muito engraçado, na verdade. As pessoas que dão bola são as mais perseguidas. Você vira alvo. E eu não quero isso pra mim.
Marcio del NeroTelefones: Chilli Beans: (11) 3663-3607; Coca-Cola: (47) 3251-3000; Coelho Show: (11) 9600-6343; Glida: (11) 5189-4955; King: (11) 3032-1838; Melissa: 0800-9798898, Miriam (11) 3313-3163, Vivi Malek: (11) 3085-8618 Hunky: (11) 3326-6926; Jorge Alex: (11) 3321-7700; Pitanga: (11) 3331-6888 Sommer: (47) 3251-3000 Colcci: (47) 3251-3000; Glida: (11) 5189-4955; Hering: 0800-473114; Jorge Alex: 0800-9798898, King (11) 3032-1838; Simone Mercês: (11) 3081-3896 Canal: (11) 3083-2511; Capézio: (11) 2272-9677; Coelho Show: (11) 9600-6343; Colcci: (47) 3251-3000; Diva (11) 3051-4883; Dummond: (11) 3062-8330; Ellus: (11) 3061- 2900; Fornarina: (11) 3083-2455; Hunky: (11) 3326-6926; Nem: (11) 3024-3830; Reebok: (11) 3082-3740; Virgin Again (11) 3088-6396; Vivi Malek: (11) 3085-8618
Site da Capricho: http://capricho.abril.com.br
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil