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Veja, 4/06/2008
De A a Z - 100 legados japoneses
Continuação
As contribuições dos imigrantes e seus descendentes que ajudaram a mudar as feições do Brasil
Mestiços
No Brasil de
hoje 27% dos descendentes de japoneses são miscigenados
Matsu
O pinheirinho,
símbolo de vida longa, é encontrado em jardins japoneses e brasileiros
Monumentos aos imigrantes japoneses
Erguido na cidade de Santos, é homenagem aos 90 anos da imigração japonesa no Brasil
Manabu Mabe
O pintor japonês, que chegou ao
Brasil em 1934, foi um dos pioneiros da arte abstrata no país
Maneki-neko
Nascido de uma lenda
japonesa, o gatinho com a pata levantada, acredita-se, acena para a sorte e traz clientes para os lojistas
Método Kumon
A técnica japonesa de
aprender matemática e línguas foi ensinada pela primeira vez em Londrina (PR), em 1977
Miss Nikkei
Desde 1957, concursos elegem a
descendente de japoneses mais bonita do Brasil
Maçã Fuji
Chegou ao
Brasil em 1971, quando passou a disputar mercado com a maçã argentina
Mangá
As histórias em quadrinhos
japonesas são lidas por mais de 1 milhão de pessoas no Brasil — crianças, jovens e adultos também
Máquina colhedora
de café
A primeira do mundo foi inventada pelo
imigrante Shunji Nishimura, em 1979, na cidade de Pompéia (SP)
Neusinha
Personagem de Mauricio de
Sousa, a namorada de Pelezinho é descendente de japoneses, como boa parte da população
de Mogi das Cruzes (SP), onde o desenhista
passou a infância
National Kid
A série de TV transmitida no Brasil
nos anos 60 e 70 foi mais popular aqui do que no Japão. Depois dela, vieram ainda Ultraseven e Ultraman
Origami
Os imigrantes japoneses
foram os primeiros a ensinar como se faz de caixinhas a dragões dobrando um papel
Ofurô
Os imigrantes ensinaram os
brasileiros a se banhar em tinas com água bem quente — o que, para os japoneses, quer dizer não menos de 40 graus
Pasta de soja
Digestiva e desintoxicante,
é a matéria-prima do missoshiro, ou sopa
de missô
Poncã
A fruta é resultado do
enxerto de um tipo
de tangerina japonesa em um limoeiro brasileiro
Programa Imagens
do Japão
A atração, que começou na
TV Tupi, em 1970, durou até 2005, sempre comandada pela sorridente Rosa Miyake
Pepino japonês
O tipo mais
conhecido, chamado Aodai, foi trazido pelos japoneses
nos anos 30
Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera
Construído em 1954, foi um presente da comunidade nipo-brasileira à cidade de São Paulo, na comemoração de seus 400 anos
Pastel de feira
Inventado pelos chineses a
partir do tradicional “rolinho primavera”, foi popularizado no Brasil pelos japoneses
Plantio de hortaliças em estufas
Foi introduzido por integrantes da Cooperativa Agrícola de Cotia, que viajaram ao Japão para aprender a técnica
Pimenta-do-reino
O chefe de uma embarcação que chegou com
imigrantes em 1933 trouxe vinte mudas da especiaria, cultivada, sobretudo, no Pará
Rabanete
No início, os imigrantes plantavam a raiz em seus quintais, para consumo
próprio. Só mais tarde passaram a vendê-lo
Rádio Taissô
É a ginástica praticada
segundo as orientações de uma rádio (no caso do Japão, a NHK). No Brasil, os 12 000 praticantes seguem os comandos ouvindo CDs
Raiz-forte
A pasta verde e ardida que
faz chorar os desavisados realça o sabor do peixe cru e ainda tem ação bactericida
Rámen ("Miojo")
O macarrão instantâneo chegou ao Brasil em 1965 com a marca japonesa Nissin
Sabrina Sato
A mãe é nissei (filha de japoneses), o pai, descendente de suíços e libaneses — o resultado da mistura é a
apresentadora, nova unanimidade nacional
Sushiman
O país tem em
torno de 2 500 profissionais — e apenas a minoria é descendente de japoneses
Seicho-no-ie
Misto de filosofia e religião com base no poder do pensamento positivo, já teve mais adeptos no Brasil —
hoje, são apenas 27 000. Mas muito mais gente tem a folhinha em casa
Saquê
A bebida que vem da fermentação
do arroz deu origem a uma nova versão da caipirinha: a “saqueirinha” — que, além de saborosa, é menos calórica que a original, de pinga
Sumô
Embora os praticantes brasileiros (a maioria sem ascendência japonesa) não passem de 600, eles têm se saído
bem — de 1996 a 2002, três ficaram entre os melhores do mundo
Sushi
Servido apenas em dias de festa no Japão, tornou-se o item mais popular da culinária japonesa no Brasil
São Paulo Shimbun
Bilíngüe, o maior jornal da comunidade japonesa circula desde 1946
Shiatsu
A massagem
que usa a pressão dos dedos para aliviar a tensão do corpo é uma das mais difundidas no Brasil
Sukiyaki
O cozido de carne, legumes e macarrão foi um dos primeiros pratos japoneses a cair no gosto dos brasileiros
Shoyu
Os japoneses não vivem sem.
Os brasileiros o adotaram e usam até para temperar salada
Sashimi
Caprichosamente cortada, a fatia de peixe cru é servida acompanhada de raiz-forte e shoyu (no caso dos brasileiros, muito
shoyu)
Sumiê
Nascida na China, a arte da
pintura com tinta monocromática e pinceladas rápidas chegou ao Brasil na década de 30, com o pintor japonês Massao Okinaka.
A técnica infl uenciou artistas como Mira Schendel e Amilcar de Castro
Soja
Até o século XIX, a soja era plantada na Bahia em pequena escala para fabricação de ração animal. Foram os imigrantes
que disseminaram sua produção e consumo no país
Tabi
A meia de dedinhos já
desfi la em pés modernos, mas quem lançou a moda foram as vovós japonesas, que usavam o acessório com tamancos
Tatame
O piso japonês é usado para a
prática de artes marciais, em rituais religiosos, na cerimônia do chá e na decoração de casas brasileiras
Temaqueria
As lojas que vendem os cones
de alga recheados com arroz e peixe são moda em São Paulo e
no Rio
Tofu
Depois dos japoneses, vieram os vegetarianos — hoje, muita gente já conhece o queijo de soja rico em proteínas
Tomie Ohtake
Um dos nomes mais importantes das artes plásticas no Brasil, a pintora naturalizada brasileira lidera um clã famoso — é mãe do arquiteto
Ruy Ohtake e do arquiteto e designer gráfico Ricardo Ohtake
Uva Rubi
Em 1973, o fruticultor Kotaro
Okuyama notou um cacho avermelhado em sua cultura de uva itália e tratou de multiplicar a nova variedade
1,3 milhão
de descendentes espalhados
pelo Brasil, formando a maior comunidade nikkei fora do Japão
Urashima Tarô
Ainda está na memória dos quarentões
o simpático personagem do comercial da Varig que inaugurou o primeiro vôo direto Brasil—Japão,
em 1968
Yakult
O leite fermentado com
lactobacilos que acompanha os brasileiros há três gerações foi invenção de um médico japonês
Yakisoba
De origem chinesa, o
macarrão frito foi popularizado no Brasil pelos japoneses
Zen
A palavra que dá nome a
uma das escolas budistas virou sinônimo de “tranqüilo” no Brasil. Diz-se, por exemplo: “Fulano está zen”
Créditos das fotos: Paulo Vitale, Lailson Santos, Irandy Ribas, Getty Images, Leo Feltran, Eduardo Svezia,
Thomas Kremer, São Paulo Shimbun, Marcelo Tinoco, Sergio Tauhata, Mauro Holanda, Itaci, Latin Stock, Octavio Cardoso, Otavio Dias De Oliveira, Mixa/Royalty Free, Eduardo Pozella, Gustavo Arraes
Victor Almeida, Cida Souza, Mario Rodrigues, Jorge Butsem e Lia Lubambo
Divulgação, Latin Stock, Marcos Ribas, Fabio Mangabeira, Marcelo Vigneron, Luis Carlos Kfouri e Ilustração Hiro
Fontes: Associação Brasileira de Acupuntura; Associação Brasileira de Nishikigoi; Administração do Parque do Carmo; Associação dos Produtores de
Flores e Plantas Ornamentais de Atibaia; Akira Matono, fundador da empresa Cerealista São Paulo; Assimilação e Integração dos Japoneses no Brasil,
de Hiroshi Saito e Takashi Maeyama (Editora da Universidade de São Paulo e editora Vozes, 1973); Banco Interamericano de Desenvolvimento;
Carlos Tramujas, especialista em bonsais; Carlos Watanabe, sushiman; Conrad Editora; Consulado Geral do Japão em São Paulo; Christine Greiner,
coordenadora do Centro de Estudos Orientais da PUC-SP; Célia Oi, historiadora; Célia Sakurai, antropóloga; Centro de Estudos Nipo-Brasileiros;
Confederação Brasileira de Sumô; Cristiane Sato, especialista em cultura pop japonesa; Federação de Rádio Taissô do Brasil; Flávio Godas, economista
da Ceagesp; Frank Usarski, professor da PUC-SP; Guia da Cultura Japonesa (Editora JBC); Hiroshi Ikuta, engenheiro agrônomo; Hugo Kawauchi,
empresário do ramo de restaurantes; Jo Takahashi, diretor de Projetos Culturais da Fundação Japão; Kendi Yamai, apresentador de programas de TV
japoneses; Kimiko Suenaga, ceramista; Koichi Mori, da Casa de Cultura Japonesa da USP; Kokei Uehara, presidente da Associação para Comemoração
do Centenário da Imigração Japonesa; Marcos Persici, do arquivo do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil; Márcio Nakano, do Sindicato
Rural de Mogi das Cruzes; Masato Ninomiya, advogado; Newton Hirata, estudioso da Cooperativa Agrícola de Cotia; O Olhar dos Nisseis Paulistanos,
de Paulo Yokota (Editora JBC); Paulo Yokota, presidente do Hospital Santa Cruz; Renata Koike, da Fundação Japão; Sérgio Kamimura, publicitário da
NK2; Uma Epopéia Moderna: 80 Anos da Imigração Japonesa no Brasil (Editora Hucitec); União dos Clubes de Gateball do Brasil
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