Mostra traz panorama da arte nipo-brasileira

O Espaço Cultural BM&F Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros) promove uma exposição em homenagem aos japoneses e descendentes que se destacaram no universo das artes a partir de julho. São 70 obras - entre pinturas, ukiyo-ê, cerâmicas, esculturas, sumi-ê e mangás - de mais de 40 artistas, entre eles Manabu Mabe, Jorge Mori, James Kudo e Tomie Ohtake.

 

A exposição “Do Ukiyo ao Mangá”, com curadoria de Luzia Portinari Greggi, será inaugurada no dia 15 de julho e abre para o público do dia 16 de julho a 19 de setembro. A mostra procura traçar um panorama da arte nipo-brasileira e sua influência sobre a produção artística brasileira.

 

As obras estão dividida em três fases.

 

A primeira, a dos “Pioneiros”, que abrange as décadas de 1930 e 1940, traz trabalhos dos membros do grupo de artes plásticas Seibi e Guanabara, com destaque para retratos, paisagens e naturezas-mortas. Também há uma seleção de gravuras ukiyo-ê japonesas. Desta fase há obras de Tomoo Handa, Jorge Mori, Alina Okinaka, Tadashi Kaminagai, Massao Okinaka e Manabu Mabe, entre outros.

 

"Represa de Santo Amaro", de Manabu Mabe

A segunda fase, chamada “Pós-Bienal ou Pós-Guerra”, é a que ocorreu após a 1ª Bienal, de 1951, em que os artistas focaram no abstrato moderno. Desta fase há trabalhos de Fukushima, Kazuo Wakabayashi, Yutaka Toyota, Tomie Ohtake, Tomoshige Kusuno, Flavio Shiró e Manabu Mabe.

 

Depois, a mostra traz obras dos “Contemporâneos”, que vai dos anos 1970 até os dias atuais, com muita arte pop, incluindo o mangá. Os artistas desta fase incluem James Kudo, Oscar Oiwa, Yugo Mabe, Takashi Fukushima,Titi Freak, Urata Spancall, Yumi Takatsuka e Yasuo Ogawa.

 

"Abstrato IV", de James Kudo

Haverá ainda uma área com cerâmicas e esculturas de artistas como Toshiko Ishii, Kimi Nii, Shoko Suzuki, Mieko Ukeseki, Megumi Yuasa, Yutaka Toyota, Roberto Okinaka, Sakai do Embu, Futoshi Yoshizawa e Nobuhiko Suzuki.