Exposição mostra a relação de Foujita, Kaminagai e Mori com o Brasil

As relações de três artistas com a arte e com o Brasil é o tema de uma exposição que começa no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, em 11 de março. “Um Círculo de Ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o Jovem Mori”, que tem o apoio da Fundação Japão,  traz cerca de 90 obras e documentos dos japoneses Tsuguharu Foujita e Tadashi Kaminagai e do brasileiro Jorge Mori. A curadoria é de Aracy Amaral.

 

Foujita, um dos pioneiros a aplicar a técnica da pintura francesa a óleo na arte japonesa, veio para o Brasil na década de 30, expôs em São Paulo e no Rio e teve bastante contato com modernistas do Rio de Janeiro. Kaminagai começou como restaurador de objetos de arte em Paris e pintor de telas nas horas livres. Com a Segunda Guerra, foi obrigado a vir ao Brasil, onde entregou uma carta de recomendação assinada por Foujita a Cândido Portinari. Depois de se estabelecer como pintor, manteve ateliês no Japão, Brasil e França, até sua morte.

 

O brasileiro Jorge Mori nasceu em São Paulo. Conheceu Kaminagai e Foujita em Paris, onde foi aprender técnicas de pintura, mosaico e afresco. Aperfeiçoou-se nas artes copiando as obras clássicas no Museu do Louvre. Hoje, trabalha e mora em São Paulo.

 

Além de uma seleção de obras de Foujita e Kaminagai e da pouco conhecida fase inicial de produção de Mori (quando ele tinha entre 14 e 20 anos), “Um Círculo de Ligações” também traz documentos e desenhos assinados por Cândido Portinari, Ismael Nery e outros representantes do modernismo brasileiro que conviveram com Foujita. A mostra exibe ainda algumas molduras feitas por Kaminagai. A exposição fica em cartaz até 1º de junho e tem entrada gratuita.